Monday, May 3, 2010

Flavio de Carvalho

A aparição do barra-mansense Flávio de Carvalho no mundo das artes ocorreu através de seu envolvimento no concurso do Palácio do Governo, em 1927.

Segundo a curadora Denise Mattar, em texto para o catálogo da retrospectiva realizada no CCBB em 1999, o projeto se destacou daqueles apresentados por seus contemporâneos e ajudado por uma efetiva campanha jornalística se tornou muito conhecido, acercando-se dos modernistas.

Quando Flavio de Carvalho realizou a conferência "A cidade do homem nu" no IV Congresso Panamericano de Arquitetos (1930), ocorreu um grande furor. A arquitetura, segundo ele, deveria ter um valor psíquico e ter como escopo o engendramento de novas formas de viver e pensar.


Em crítica ao polêmico livro publicado em 1936, Os Ossos do Mundo, no qual "afirma que os arqueólogos e os psicólogos devem ser mal comportados" , Sylvio Rabello escreveu que "Flávio de Carvalho está sempre a dar empurrões na rotina e no lugar comum, a fazer-nos perder o equilíbrio..."

O público terá a oportunidade de perder esse equilíbrio através das obras romanticas e utópicas do artista em duas exposições:

* Flávio de Carvalho e a Cidade do Homem Nu consiste em uma retrospectiva, sob curadoria de Rui Moreira Leite, que reúne 60 obras além de 30 itens aproximadamente, entre projetos, fotografías e vídeos no MAM (São Paulo), até o 13 de Junho.

* Desvíos de la deriva. Experiencias, travesías y morfologías, com curadoria de Lisette Lagnado e María Berríos, apresenta uma exposição de carácter ensaístico que investiga a arquitetura utópica e lírica em cidades latino americanas, como no Brasil. Nela se poderam ver, por exemplo, como projetos não construídos de Flávio de Carvalho reforçavam a dificuldade do desenvolvimento do conceito do homem nu. Estará exposta no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía até o dia 23 de Agosto.


Detalhes das exposições no MAM e no MNCARS

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